quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Dupla brasileira vive a expectativa de apitar em casa no Mundial Feminino

Juntos há 16 anos, Nilson Menezes e Rogério Pinto destacam entrosamento entre eles


      Todo atleta sente aquele friozinho na barriga quando joga diante de sua torcida, principalmente em uma competição de nível internacional. Mas como será que os juízes enfrentam essa situação de arbitrar em casa?

        Nilson Menezes e Rogério Pinto serão os únicos a representar o Brasil no apito do Mundial Feminino de Handebol, que começa nesta sexta-feira, em São Paulo, com o jogo entre Brasil e Cuba, às 21h. Com mais de 20 anos de experiência, Nilson revelou a satisfação e a cobrança de arbitrar uma competição em seu país.

      - É uma alegria estar no Brasil, mas a responsabilidade também é grande, porque você tem que ir bem e representar seu país da melhor maneira. Com certeza, a cobrança é ainda maior dentro de casa, afinal, todo mundo está de olho – declarou o paulista.

        A dupla está acostumada às competições masculinas (participaram dos Mundiais de 2007, na Alemanha, 2009, na Croácia, e neste ano, na Suécia), mas, pela primeira vez na categoria adulta feminina, Nilson e Rogério vão "trocar" a agressividade dos marmanjos pelo charme das belas atletas.

Para Nilson, existem algumas diferenças entre as disputas femininas e masculinas.

- Apesar de ser o mesmo esporte, são formas totalmente diferentes de jogo. Entre os homens, as partidas são mais dinâmicas e objetivas. Acho que no masculino tem mais velocidade. Já as mulheres são mais "manhosas" e o jogo não flui tão bem e veloz, porque tem lances e detalhes que exigem uma análise diferente. Apitar no feminino é um pouco mais difícil, justamente por isso, e precisamos ter uma concentração maior – analisou.

        Aos 41 anos, sendo oito como árbitro internacional da IHF (sigla em inglês para Federação Internacional de Handebol), Nilson fez questão de destacar a parceria de longa data com Rogério Pinto.

        - Os árbitros, no handebol, atuam em duplas. E por isso é importante ter afinidade. Eu e o Rogério estamos juntos há 16 anos e já conhecemos bem um ao outro. Nossa parceria tem dado muito certo, gosto bastante de trabalhar ao lado dele - completou Nilson.

Novas regras
        O Campeonato Mundial será o primeiro da categoria adulta a adotar as mudanças de regras definidas em julho pela Federação Internacional de Handebol. A principal novidade é o aumento do número de atletas por equipe.

          A partir de agora, em vez de 14, será permitido que 16 atletas sejam relacionadas por partida a e estejam em quadra. Outra alteração também beneficia os treinadores, que terão direito a três tempos técnicos por jogo. Antes, eram só dois. Dos três tempos disponíveis, o técnico pode utilizar, no máximo, dois por etapa, com uma restrição: nos cinco minutos finais da partida, só poderá parar a disputa uma vez. Por fim, ficou estabelecido que a duração do intervalo passa a ser de 15 minutos, e não mais de dez.


Por Beatriz Karoline De Paula


Fonte: http://www.ahebrasil.com.br

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